terça-feira, 27 de setembro de 2011

A importância do Professor na Educação a distância



O professor como mediador na EaD


      Nesse processo de aprendizagem, assim como no ensino regular o orientador ou o tutor da aprendizagem atua como "mediador", isto é, aquele que estabelece uma rede de comunicação e aprendizagem multidirecional, através de diferentes meios e recursos da tecnologia da comunicação, não podendo assim se desvincular do sistema educacional e deixar de cumprir funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de aprendizagem. Essa mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância física entre educador e o educando, que deverá ser autodisciplinado e automotivado para que possa superar os desafios e as dificuldades que surgirem durante o processo de ensino-aprendizagem.
Hoje se tem uma educação diferenciada como: presencial, semi-presencial e educação a distância. A presencial são os cursos regulares onde professores e alunos se encontram sempre numa instituição de ensino. A semi-presencial, acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, utilizando tecnologia da informação.
As pessoas se deparam a cada dia com novos recursos trazidos por esta tecnologia que evolui rapidamente, atingindo os ramos das instituições de ensino. Falar de educação hoje, tem uma abrangência muito maior, e fica impossível não falar na educação sem nos remetermos à educação a distância, com todos os avanços tecnológicos proporcionando maior interatividade entre as pessoas. Utilizando os meios tecnológicos a EaD veio para derrubar tabus e começar uma nova era em termos de educação.
Esse tipo de aprendizagem não é mais uma alternativa para quem não faz uso da educação formal, mas se tornou uma modalidade de ensino de qualidade que possibilita a aprendizagem de um número maior de pessoas.
Antes a EaD não tinha credibilidade, era um assunto polêmico e trazia muitas divergências, mas hoje esse tipo de ensino vem conquistando o seu espaço. Porém, não é a modalidade de ensino que determina o aprendizado, seja ela presencial ou a distância, aprendizagem se tornou hoje sinônimo de esforço e dedicação de cada um.


Perspectivas atuais

Atualmente, a educação a distância possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos. Cabe às instituições que promovem o ensino a distância buscar desenvolver seus programas de acordo com os quatro pilares da educação, definidos pela Unesco.
Aprender a conviver diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de aceitar a diversidade, conviver com as diferenças, estabelecer relações cordiais com a diversidade cultural respeitando-a e contribuindo para a harmonia mundial.


Uma retrospectiva histórica da EAD


Na Antiguidade


Os séculos XVII e XVIII


O século XIX


História Moderna


Gerações


Aspecto ideológico


Sistemática

Metodologias utilizadas
A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço.

A tecnologia e a Educação a Distância


        A prática da educação a distância, que também está sendo chamada de EAD, não é uma novidade na didática. Curso por correspondência é uma prática antiga da nossa educação. Além disso existem outros tipos de curso a distância onde ou o professor se desloca para estar em contato com os alunos, podendo ser nos fins de semana, ou por toda a semana, ou por um período maior de tempo, ou, por outro lado, os alunos se deslocam para assistir as aulas também num período de tempo.
        Com a recente criação e rápida expansão da Internet a questão da Educação a Distância passa a ter uma nova configuração. A Internet, diante de sua multiplicidade de aplicação, vem causando arrepios em muitos profissionais da educação. Mesmo muitos daqueles que já "navegam" por esta rede mundial de informações ainda temem em relacionar a Internet a Educação. É tudo muito novo nesta área para a maioria dos professores.
        No entanto, como educadores, não podemos mais nos distanciar desta máquina que dia a dia vem tomando conta da vida de todos nós. Quando falamos de computador não estamos nos referindo a máquina de ensinar de Skinner, nem a instrução programada. O computador representou um considerável avanço na cibernética, permitindo que seres humanos e máquinas possam travar um diálogo que, em última instância, não deixa de ser um diálogo entre indivíduos, já que o computador e suas ações são programadas pelos mesmos seres humanos.
        Em quase todas as áreas profissionais o computador vem tomando um espaço de suma importância. Na Medicina vários exames são feitos utilizando-se de um computador. No Direito os advogados já podem acompanhar a evolução de seus processos sem ter que correr pelos corredores do Forum. Também na Engenharia, Arquitetura, Odontologia etc., o computador passa a ser uma ferramenta indispensável. Parece que somente na Educação a Informática ainda não conseguiu assumir um papel que venha revolucionar a Didática tradicional. As aulas presenciais e expositivas ainda predominam entre os muros da instituição escolar. E coitado do professor que sugira a seus pares, colegas professores, o desenvolvimento de uma Didática baseada na Informática. Por que será?
        A dificuldade na implantação do Ensino a Distância, via Internet, pode estar relacionada ao valor que é dado à figura do professor e, por conseqüência, à aula presencial. Parece que o conceito moderno de educação, de que "o professor não ensina, mas ajuda ao aluno aprender", não vem sendo bem aceito nos meios educacionais. Parece que o mito professor continua forte, sendo a única justificativa para a aprendizagem do aluno. Parece que sem a figura do professor o aluno está impedido de aprender. Parece que os professores desejam continuar como donos de um saber que, até mesmo graças a Internet, hoje é acessível a todos com facilidade.
        A figura do professor, como técnico da educação, continua sendo desprezada pelo professor de conteúdo, especialista. É como se os professores quisessem garantir um espaço de trabalho valorizando o mito de que sem o saber conteudista do professor o aluno não tem como nem o que aprender. Parece, então, que ainda é desejo dos professores manterem-se como a estrela mais brilhante da constelação escolar.
        A Pedagogia moderna diz que quanto mais discreto o professor, melhor será o desempenho do grupo com o qual ele está trabalhando. Quem não conhece as salas de aula montessorianas em que a presença física do professor desaparece no meio dos alunos? E as aulas ministradas em dinâmica de grupo onde o professor tão somente conduz a atividade, mas são os alunos que trabalham? O professor Lauro de Oliveira Lima chega a sugerir que a função do professor deveria ser semelhante a do técnico do time de futebol, que coordena a ação dos jogadores, mas não joga. 




     O computador vem tomando na educação um espaço que não pode ser desprezado. Nos países mais adiantados e para aquelas instituições com maior poder aquisitivo o computador já é utilizado como meio de ensino. Vejam esta notícia da revista Veja, de 10 de maio do ano 2000, na página 164:
Muitos vão pensar: "mas isso é nos Estados Unidos!" Ora, mas se já chegou lá é porque um dia vai chegar aqui. O conceito e o sentimento de subdesenvolvimento está ultrapassado. Se eles podem, qualquer outro pode também. Basta que se compreenda, perca-se o medo, que se dê a devida importância e se objetive a realização. Se não houver interesse, aí sim, nunca acompanharemos na prática a evolução tecnológica e ficaremos marcando passo numa história ultrapassada.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O que é e como surgiu a Educação a Distância?

           A educação a distância é um recurso de incalculável importância como modo apropriado para atender a grandes contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da clientela atendida.
A escolha da modalidade da educação a distância, como meio de dotar as instituições educacionais de condições para atender às novas demandas por ensino e treinamento ágil, célere e qualitativamente superior, tem por base a compreensão de que, a partir dos anos sessenta, a educação a distância começou a distinguir­se como uma modalidade não­convencional de educação, capaz de atender com grande perspectiva de eficiência, eficácia e qualidade aos anseios de universalização do ensino e, também, como meio apropriado à permanente atualização dos conhecimentos gerados de forma cada mais intensa pela ciência e cultura humana.
          A educação a distância não surgiu no vácuo (Keegan 1991,11), tem uma longa história de experimentações, sucessos e fracassos. Sua origem recente, já longe das cartas de Platão e das epístolas de São Paulo, está nas experiências de educação por correspondência iniciadas no final do século XVIII e com largo desenvolvimento a partir de meados do século XIX (chegando aos dias de hoje a utilizar multimeios que vão desde os impressos à simuladores on­line, em redes de computadores, avançando em direção da comunicação instantânea de dados voz­imagem via satélite ou por cabos de fibra ótica, com aplicação de formas de grande interação entre o aluno e o centro produtor, quer utilizando-se de inteligência artificial-IA, ou mesmo de comunicação instantânea com professores e monitores).
           Do início do século XX, até a Segunda Guerra Mundial, várias experiências foram adotadas desenvolvendo­se melhor as metodologias aplicadas ao ensino por correspondência que, depois, foram fortemente influenciadas pela introdução de novos meios de comunicação de massa, principalmente o rádio, dando origem a projetos muito importantes, principalmente no meio rural.
A necessidade de capacitação rápida de recrutas norte­-americanos durante a ll Guerra Mundial faz aparecerem novos métodos (entre eles se destacam as experiências de F.Keller para o ensino da recepção do Código Morse, v. Keller, 1943) que logo serão utilizados, em tempos de paz, para a integração social dos atingidos pela guerra e para o desenvolvimento de capacidades laborais novas nas populações que migram em grande quantidade do campo para as cidades da Europa em reconstrução.
             No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio­Monitor, em 1939, e depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, várias experiências foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso (Guaranys; Castro, 1979, 18). Entretanto, em nossa cultura chama a atenção um traço constante nessa área: descontinuidade dos projetos, principalmente os governamentais.
Entre as primeiras experiências de maior destaque encontra-­se certamente, a criação do Movimento de Educação de Base­MEB, cuja preocupação básica era alfabetizar e apoiar os primeiros passos da educação de milhares de jovens e adultos através das "escolas radiofônicas", principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Desde seus primeiros momentos, o MEB distinguiu-­se pela utilização do rádio e montagem de uma perspectiva de sistema articulado de ensino com as classes populares. Porém, a repressão política que se seguiu ao golpe de 1964 desmantelou o projeto inicial, fazendo com que a proposta e os ideais de educação popular de massa daquela instituição fossem abandonados. Mas o verdadeiro salto ­se dá a partir de meados dos anos 60 com a institucionalização de várias ações nos campos da educação secundária e superior, começando pela Europa (França e Inglaterra) e se expandindo aos demais continentes.